QUATORZE ANOS
Confesso que meu estudo é pouco
Pouco frequentei escola
Mas, por escolha minha
Minha avó, que me criou
Dos dois, aos onze anos de mim pouco exigia
Mas meu avô, queria era colocar um anel de doutor
No meu dedo anelar. Anular minha vocação
Pra poesia. Dizia que letras, é pra quem nasce
Na capital, em berço de ouro
Ele, meu pai, nada não pedia
Pra mim, apenas dizia: poeta, ou doutor
Ao seu sonho, é que dê valor
"E seu doutor, o meu pai, tinha razão"
Hoje, não sou poeta, nem doutor
Apenas, rabisco versos
Que ninguém dá valor
Mas, sou feliz!
S. Paulo, 08/12/2015
www.cordeiropoeta.com.br
https://youtu.be/f9JDt1bmswk