GOLPE NO FÍGADO
Meu avô, polido, dizia aguardente
Minha vó, inimiga da “birita”
Não queria nem sentir o cheiro
Aliás, não pronunciava nem o nome
Falava, isso não é um gole
É um "GOLPE!" Meu pai, "Chegado"
Dizia a “branquinha”. Minha mãe
"Apreciadora", dizia a “marvada”
Eu, cachaçólatra, não digo nada
Apenas bebo. Bebo e recebo. Presentes. Presentes e mais presentes
Nesse quesito (esquisito), o futuro tá garantido
Meu amigo Janduir (Tuca), traz pra mim
De Cabreúva (SP), “uma boa”
E Clenaldo Rodrigues lá de A(BA)ÍRA
A capital da cachaça
Traz "a melhor". Mineira, de Monte Belo
Quem traz é Eli Branco, parceiro velho
De papo e de copo. De Rio de Contas (BA)
Quem manda é meu amigo Danilo
Nilo, meu cunhado, me abastece com a
"Legítima" que tem em Livramento (BA)...
Gente, gente, com tanta “AGUARDENTE”
Tem fígado que aguente?
Chá de boldo já!
S. Paulo, 13/09/2011
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