AS MARGENS DA SAUDADE
(OU O RIACHO DO ZÉ BORGES) Não era nenhum rio São Francisco De ritmo ininterrupto, caudaloso Que corria ruidosamente Era só um riacho Mas não era um riacho qualquer Era o riacho do Zé Borges! Lá Na minha ITIÚBA, no meu Urubu Um riacho que na minha infância Corria por sobre as pedras, a areia Por sobre meus pés! Ruidosamente E hoje, só corre na minha lembrança Ri da minha renitente retórica Quem vive às margens da poesia Não viveu às margens daquele riacho E não arde amargamente Esta ardida saudade S. Paulo, 18/07/1995 CORDEIRO de ITIÚBA
Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 27/04/2020
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