O VERSEADOR (OU NÃO) QUE TEMOS Se eu te contar a dor Que foi perder meu avô RAIMUNDO SOUZA Irei chorar de saudade E tristeza. Porque insisto Que a natureza não tinha Me preparado pra isso Quando minha filha nasceu A alegria foi tão grande, que Ainda choro, quando lembro Perder meu filho, não foi Perder a vida, mas A minha vida, perdeu Um pouco o sentido Por isso, um sentimento De vazio, de derrota... De vez em quando Me tortura, me apoquenta! Não ter mãe, é não ter colo Pense: é como colar Figurinha virtual, num álbum Imaginário Mas, se se tem alguém Que derrama lágrimas Por você, que nem a D Isaurinha derramou no dia Que eu vim-me embora Pro São Paulo, é como Se você tivesse mãe Ou então, como se, se... Se tivesse colo! Mas imagino que um dia (Nem que seja em outro plano) Um colo materno, irá Me acolher e fazer dormir Com alegria! Enquanto isso não acontece Sigo escrevendo versos Quase todos, banhados De choro. Que às vezes São de tristeza, outros... Com a graça de DEUS De alegria. Exemplo: Dezembro chegou e daqui A dez dias, se DEUS quiser Estarei abraçando meu pai E d Isaurinha também Aí sim, vou chorar E muito! Só que desta vez... De alegria. Muita alegria S. Paulo, 18/12/2018 CORDEIRO de ITIÚBA
Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 05/03/2019
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