CORDEIRO de ITIÚBA

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DEUSA TATUADA


Eu, que espumava de ódio
Com um pequeno coração
Espetado por uma flecha
Tatuado no braço...

Qualquer outra maneira
De pensar ou agir
Que fosse diferente da minha
Era por mim reprovada

Agora mudei
Me sinto resignado

Não sou santo, nem Deus
Mas aceito sem criticar
O que antes odiava

A moça no metrô
Com toda pele à mostra
Tatuada
Se sente, se acha
Mas ela não é uma deusa

O rapaz
Com barba de lenhador
Os cabelos em desalinho
E diamante tatuado na face
Não é um deus, nem poeta

Eu, mero poeta
Temente a DEUS
Tenho uma ex, DEUSA
Que deu-se à coragem de trazer
Tatuados sobre as costas
Versos meus


Devo a isso
A minha imperturbabilidade


S. Paulo, 25/04/2017
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Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 04/02/2018


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