METRÔ TATUAPÉ
Quando o serviço de som do metrô Anunciou: Estação metrô Tatuapé! Foi difícil me manter de pé O suor frio que escorria Não era menos frio do que O de vinte anos atrás Quando vim Te encontrar pela primeira vez Em que você me agarrou Mordeu minha orelha Cochichou no meu ouvido De um modo tão atrevido Pisou no meu pé E minhas pernas Não se entenderam com meus pés E era tanta poesia em seu olhar Enquanto revirava os olhos E umedecia os lábios Que eu desejei ser poeta Pra registrar em versos Aquele momento E enquanto nossos braços Foram se entrelaçando Os laços foram se apertando Pra quase dar um nó Na nossa antiga solidão E sermos apenas nós Mas Talvez com pacto com o diabo Apareceu um nó cego dum gato Que num salto gaiato Afrouxou nossos laços E a solidão, deu um nó Em nós Hoje, estamos sós S. Paulo, 08/01/2015 www.cordeiropoeta.net CORDEIRO de ITIÚBA
Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 08/01/2015
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