POEMA PRA DETEMinha mãe pela manhã Punha a rodilha na cabeça E em cima da rodilha A lata d'água Rouca, vocalizava uma canção Da roça Eu achava aquilo lindo Sempre achei Pensava comigo: Um dia serei poeta E escreverei um poema Pra minha mãe Não consegui ser poeta Pior, não consegui escrever Nem o poema Mas aquela imagem castigando Minha retina... Arrisquei estes rabiscos Sem ética, sem rima, sem métrica Só com a imensidão Da minha lembrança S. Paulo, 20/07/2006 www.cordeiropoeta.net CORDEIRO de ITIÚBA
Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 08/07/2014
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