PORRE DE LETRAS Foi quando eu vim Da roça pra cidade Nos meus vinte anos d'idade Mais por curiosidade Que por necessidade Pois é! Num bar da praça da Sé Enquanto tomava um café Sem querer conheci Clara Que olhando na minha cara Disse: cara, tu tem cara De poeta Eta, que nesse dia Tomei um porre E se a mesma Clara Não me socorre Este poema Seria escrito do xilindró Porque meu nêgo, ó: Se mexem no meu ego Não nego Fico atarantado, encho a cara Careço de alguém “cabeça” Que impeça minhas cabeçadas... Acabei em seus braços E hoje, faço versos só pra ela! E lá de vez em quando Um gole Um só! E só com ela! S. Paulo, 1998 www.cordeiropoeta.net CORDEIRO de ITIÚBA
Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 25/05/2014
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