CORDEIRO de ITIÚBA

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Textos

  ESPELHO

 

  Não me diga
  Pra não chorar
  Não me diga
  Que o choro
  É a arma do covarde
  Pode ser
  Que você esteja certo

  Mas é com lágrimas
  Que eu lavo minha alma

  E a minha lágrima
  A água lava
  Mas minha mágoa
  Nem o tempo apaga

  Se sou um perdedor
  A culpa não é minha
  Dizem que é do sistema
  Não sei
   
  Já procurei tanta saída
  Que nem sei mais
  Onde é a entrada

  Estava escrevendo um poema
  Me perdi
  Acabou a inspiração
  Cortaram a luz...

  S. Paulo, 30/09/1997

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CORDEIRO de ITIÚBA
Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 27/04/2014


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