TREZE DE DEZEMBRO
Quem me deu à luz (Que Deus a tenha) Tinha o nome de Luzia Dizia a quem fizesse Perguntador "Meu fio vai sê dôtô" Ele, meu pai Me queria era na fazenda Fazedor de queijo Queixando da estiagem Elogiando o verde Quando chovia... Eu ouvia sem concordar Queria era ter carro Ser poeta no sertão Ser tão famoso Quanto Luís Gonzaga Aniversariante do dia Treze de dezembro Que nem minha mãe Pobre mãe Se soubesse Que eu não sei Aplicar um band-aid... Pai, graças a Deus Você não lê poesia Pai, isto não é poesia Luís Gonzaga é poesia! S. Paulo, 12/06/2004 www.cordeiropoeta.net CORDEIRO de ITIÚBA
Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 13/12/2012
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