AS MÃOS DO MEU PAI (POEMA DO VARANDO)
Ele fingia que olhava pra serra Sei lá! Olhava pra longe Pro nada Dos seus olhos Caiam lágrimas Que me levaram às lágrimas Mas eu tinha que ir Beijei suas mãos (Magras e belas) Que seguravam as minhas E com um abraço Lhe disse bênção Até pro ano, se DEUS quiser Se eu vivo for E foi assim nossa despedida As folhas do umbuzeiro Que o vento empurrava Pra lá e pra cá Não estavam entendendo nada Mas parece, que me davam adeus E eu pedi a DEUS Que os bons ventos Que sopravam aquelas folhas No ano seguinte Me levassem pra lá Se o umbuzeiro não tiver folhas Que (pelo menos, meu DEUS) Eu tenha, as mãos do meu PAI S. Paulo, 13/01/2010 www.cordeiropoeta.net CORDEIRO de ITIÚBA
Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 11/08/2012
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