CORDEIRO de ITIÚBA

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Textos

CANTIDIANO


     Na ponta dos dedos
     Um conto pra digitar
     Num canto do cérebro
     Um poema
     Pra cantar
     Uma  crônica, na ponta da língua
     Pra  contar

     No ponto do ônibus
     Uma mulher range os dentes
     Postiços

     Na ponta do lápis
     Uma carta pra te escrever
     Um cachorro passa a língua
     Nos lábios da Mona Lisa

     Avisa, que o doido
     Chegou!
     Mas não soube escrever
     O poema


    S. Paulo 23/01/2010

    CORDEIRO
adonisvaldo@bol.com.br
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Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 23/01/2010


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